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Foto do escritorThais Bento Lima-Silva

O treino cognitivo para a prevenção de sequelas da COVID-19 no cérebro


Estamos em um contexto de pandemia da doença COVID-19, e estudos recentes tem publicado informações clínicas, relacionadas às mudanças no funcionamento do cérebro, em indivíduos acometidos pela COVID-19 nas formas moderadas e graves. Mudanças como dificuldades no desempenho da memória recente; prejuízos na identificação de aromas, odores, em alguns casos há relatos de pacientes, que após a recuperação da COVID-19, passaram a não interpretar adequadamente o cheiro dos alimentos, sendo algumas vezes “enganados pelo próprio olfato”; casos graves da doença, tem causado problemas motores e até mesmo prejuízos neurológicos, que comprometem a capacidade de gerenciamento e organização da própria vida.


A ciência tem associado que em indivíduos com mais de 50 anos, as sequelas da COVID-19, tem sido mais intensas e tem gerado comprometimento neurológico e das habilidades mentais, podendo ser um fator de risco para o desenvolvimento de demências, como a Doença de Alzheimer.


A comunidade científica tem buscado alternativas para prevenir estes danos à saúde ocasionados pelo coronavírus, e tentado atuar de modo para que eles não sejam permanentes. Uma das alternativas tem sido, a criação ou otimização da reserva cognitiva. Criar reserva cognitiva é fazer com que as conexões entre os neurônios sejam cada vez mais sólidas, aproveitando assim o potencial de funcionamento do sistema nervoso, para gerar ao longo da vida uma reserva de proteção a possíveis danos que possam acometer o cérebro. E para isso, sabemos que a estimulação cognitiva, popularmente conhecida como exercícios de ginástica para o cérebro, podem atuar como estratégias de otimização da reserva cognitiva. E quais exercícios poderiam ser realizados? Leitura; Jogos de estratégia (xadrez, dama, jogo da velha); treino com o uso do ábaco; jogos de atenção (jogos das diferenças; caça palavras); exercícios de linguagem (ordenação de palavras; elaboração de pequenas histórias) e realização de jogos eletrônicos de plataformas de estimulação cognitiva, como o Método Supera, e o Lumosity.


Cuide da saúde do seu cérebro, realize atividades de estimulação cognitiva e fortaleça a sua reserva cognitiva, para se proteger de danos do coronavírus e de outras doenças.


* Profa. Dra. Thais Bento - Doutora em Neurologia Cognitiva pela USP, e docente do curso de Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP.



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